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a estrada e como conhecemos nossos vizinhos

20 nov

fotos de Rafael "Tomate" Dabul

fotos de Rafael Dabul

 

2h50 da madrugada de sexta para sábado. Em um lugar que o mundo lembrou de esquecer, no meio do interior paranaense, um microônibus estava parado no acostamento de uma estrada. Era daquele tipo “kinder ovo”, mas versão “especial para a Páscoa”. O pneu tinha furado e acordado todos os passageiros que, de um jeito ou de outro, começavam a se acomodar e (talvez) dormir. Ao contrário do que se esperava, a viagem seguia bem comportada até então. Fazia pouco mais de uma hora que estavam rodando, os últimos rastros de civilização ficaram para trás, a escuridão já tomara conta da paisagem, estrelas insistiam em aparecer no céu nublado e o esquema “oitava série” não tinha durado nem os 50 primeiros quilômetros. Por enquanto.

A essa altura, os 20 e poucos passageiros estavam no acostamento dessa tal estrada esquecida e reta, que mais parecia um cenário do Mad Max (como alguém lembrou na hora). Irônico, mas os motoristas trocavam os pneus em frente a uma borracharia fechada. Era uma pequena vila na beira da estrada, com suas discretas luzes espalhadas nos cantos das árvores e morros. Ninguém apareceu para sequer entender o que estava acontecendo. Mas, com certeza, sabiam que estávamos lá. Assim como, 14 horas depois, a população universitária de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, também tinha certeza disso: cinco bandas curitibanas chegavam com uma variedade sonora típica dos inferninhos noturnos dos pinheirais. Assim começou a epopéia rocker.

Quer dizer, começou bem antes. Organização da viagem à parte, sexta-feira (14) foi bem complicada. Passei o dia todo correndo para adiantar o trabalho e repensando se valia mesmo a pena encarar essa trip louca com cinco novas bandas da cidade, um microônibus e um festival no interior do RS. O esquema era brutal – sair meia-noite de sexta, passar em PoA, seguir para Santa Maria com chegada prevista para as 17h. Em um microônibus (já disse isso?) com 24 lugares ocupados, três vagos. As bandas tocam, todos entram no ônibus e voltam para Curitiba no domingo, sabe-se lá que horas… repensei muito os prós e contras disso, mas fui (e nem contava com o pneu furado).

As cinco bandas envolvidas na história eram Sabonetes, ruído/mm, Copacabana Club, Poléxia e O Lendário Chucrobillyman. Além deles, seguiam: Rafael “Tomate” Dabul, responsável pelas fotos; Andy, produtora da Maamute; Lâmpada, técnico de som e salvador da noite… E eu, para registrar tudo. Era a quarta edição do Macondo Circus, que agita uma vez por ano toda a vida universitária de Santa Maria, e tem um histórico bacana de vários line-ups com grandes nomes da cena independente nacional. Na mesma noite, tocariam Canastra, Do Amor, Apanhador Só e mais umas cinco ou seis bandas de lá. E essa era toda a informação inicial que tinha quando entrei naquele microônibus. Micro. Recheado de instrumentos, mochilas, amplificadores nos corredores e expectativa.

Logo de cara, uma boa notícia. PoA caiu fora do itinerário. Passaríamos por lá para pegar o Poléxia que tocava na sexta na capital gaúcha, mas eles deram um jeito com uma caravana que sairia pela manhã para o Macondo. Com isso, “ganhamos” algumas possíveis horas em Santa Maria. Já dava para fantasiar uma soneca, banho bem tomado, além de fartas e quentes refeições antes da maratona dos shows. Mas não foi bem assim… (Ah é… os quatro integrantes da Poléxia não estavam no ônibus na hora do pneu furado… então eram 20 lugares ocupados e sete vagos.)

Parecem bizarros esses comentários de horas exatas, números de assentos no minibusão, quilometragem e tudo mais… Eu estou até cansado de repetir essas informações (por mais que saiam naturalmente)… Mas o problema é que, neste contexto, era nosso único meio de ter noção de uma realidade. O resto dependia do motorista e do cenário plano e infinito dos amarelados pampas gaúchos.

“Faltam 300km…” “Faltam 3h…”

15h e 30 minutos depois, chegávamos em Santa Maria.


De cara, fomos recepcionados por uma lata inflável gigante da Sol. Cerveja! Fazia mais de 30 graus (bem mais) e essa imagem era tudo o que a maioria ali precisava (mais tarde, descobrimos que a cerveja que vendiam lá era Bavaria e Heineken… Sol o quê mesmo?).

O lugar era lindo e logo éramos recebidos por Atílio, um dos organizadores do festival. Pelo meio, tinham dois cachorros espertos e simpáticos, que ficaram circulando entre a molecada boa parte da noite. O terreno era em declive e o palco ficava no ponto mais alto. Na frente, um gramadão verde e brilhante, com cadeiras espalhadas, árvores nas laterais, o bar, mosquitos, banheiros e barracas. No segundo nível do terreno, dois campos de futebol e mais uma descidona que terminava em um lago com uma vista sensacional de Santa Maria entre as serras. Realmente, seria uma noite fora do comum. Sem fumaça e palcos apertados, luzes estouradas ou som ruim. O palco era alto e tinha um tamanho legal, sem firulas na iluminação… E bem arejado… Mas com mosquitos.


“Nossa, eu quase comi um mosquito agora”, dizia Camilinha no meio da apresentação do Copacabana Club. Era o segundo show do dia, e o festival de fato começou ali. O primeiro show, da banda Volantes, reuniu alguns poucos fãs e curiosos que começavam a chegar. Os Copas deram sorte de contar com uma platéia maior, reforçada pela simpatia da vocalista e de sua relação aberta com os mosquitos locais. A invasão curitibana tinha começado.

Camilinha, junto com o Luciano, Alessandro, Tile e Claudinha fizeram um show sem erros. Suas composições sempre soam como se já a conhecêssemos de algum lugar, com riffs e refrões pegajosos e espertos. Não foi difícil sacar, no meio do público, gente cantando as músicas (durante e após suas execuções), e é fato que a banda funciona melhor ao vivo do que em estúdio. A produção de seu primeiro EP é limpa e certinha. Não tem grandes surpresas… Diferente do Copacabana Club no palco. Mais sujo e cru, porém, longe de perder o charme e o diálogo com os espectadores… Sempre reforçado pela vocalista sem grande técnica, mas com uma voz naturalmente rouca (rouca?) e só dela. A banda flui com suas levadas urgentes e atuais… Encerrou o show com um público maior que o inicial e alívio estampado na cara.

O festival seguia seu curso e, desde já, quero fazer uma observação. Este relato não tem o objetivo de fazer uma análise de todas as apresentações do Macondo Circus. Até porque eu não vi os 15 (16? 14?) shows e também não gostei de muita coisa lá. Não ganho para escrever neste blog, assim, o único compromisso que tenho aqui é comigo e com você, que de alguma maneira se interessou pelo texto e continuou lendo até aqui. Ok?

A próxima curitibana da noite era o Sabonetes. Encararam logo de cara uma pedrada – tocar após a apresentação da carioca Canastra (que talvez tenha reunido o maior público da noite), e que fez um show fodão. Mistura malandra de rockabilly, com metais, baixão, topetes, camisas floridas e o Barba (ex-Los Hermanos) na bateria. Performance profissional, fazendo jus à tiragem de seu CD que saiu pela revista Outra Coisa no ano passado 

Artur, Wonder e Caja, do Sabonetes, ganharam o reforço no baixo de Rodrigo Lemos, vocalista do Poléxia. E é definitivo. Salim saiu da banda, como você também leu por aqui, e a entrada de Rodrigo abre a possibilidade de um terceiro vocal, junto com Artur e Wonder. Na hora do show, nem parece que esta mudança é recente.

Fora dos palcos, o quarteto é calmo e descontraído… Conversam, brincam e parecem tocar um comportamento mais relaxado nesta vida que assumiram. Hoje, eles vivem de música, e isso é evidente na hora do show. Caja parece ser o mais compenetrado da história. Momentos antes da apresentação, andava para lá e para cá observando tudo. Hora estava atrás do palco fazendo alguma coisa na bateria, hora assistia quieto alguma apresentação, mas parecia sempre atento. Mantém essa postura no show, assim como os outros três integrantes. É incrível como o Sabonetes está grande no palco. Tudo em função da experiência que vem acumulando neste pouco mais de um ano e meio de estrada. A gente brincou sobre as primeiras apresentações deles nas tardes de domingo no Korova, e hoje a história é outra. 

A escolha de repertório é bem distribuída, entre novidades e os agora hits do Myspace. O Sabonetes já tem uma cara própria e as músicas novas não decepcionam. Segue o esquema fora de contexto deles, que reverbera ares do atual rock mundial, junto com o tempero alternativo nacional… Mas sem prazo de validade. Puta clichê, mas pura verdade. É pop e “Descontrolada” também é bem conhecida por lá. Ponto para eles.

O clima já não estava tão “caloroso” como quando chegamos. A temperatura caiu drasticamente e os mosquitos tinham desaparecido, substituídos por uma fina chuva que insistiu em cair até de madrugada. E o vento… Cortando os ossos e encontrando espaços no meio do público e das roupas para gelar mais ainda. Como pode?

Foi aí que olhei em volta e comecei a refletir sobre o que estava acontecendo. Sobre como seria construído este relato, em como dava uma ponta de orgulho de ver as bandas curitibanas em um diferente ambiente, encarando novas caras, gostos e adversidades. Começou a me dar uma agonia sobre a produção deste texto… “vai ficar total chapa branca, as coisas estão indo muito bem por aqui”… E o Subtropicália então? Uma espécie de braço de assessoria para as bandas locais? Não! Qual deveria ser o real papel destas linhas virtuais para contribuir com o que acontece em CWB? E por que encontros como esses não acontecem lá? Por que não temos um festival? Por outro lado, é legal saber que nos raros bares que abrem espaço para shows em Curitiba, essa química pode rolar todas as noites… Ao mesmo tempo. Mas ver isso tudo aqui, concentrado em uma paulada só, é sensacional! Pirei… 

Fui dar uma volta e passar um pouco mais de frio por lá…

Todos estavam envolvidos em seus universos. Mas com cara de cansados… Tomate corria toda vez que uma curitibana começava a tocar. Passeava com sua lente pelo palco, gramado e público. Lá no fundo, esquecido no vento e no chuvisco, Lâmpada continuava com seus milagres técnicos no som e quase passou como mais um membro da equipe do festival. Foi uma das principais figuras da noite, justiça seja feita. Andy era toda política, sempre conversando com alguém diferente, pensando em projetos futuros. E as bandas… É ótimo sacar o comportamento delas fora de seu habitat. Outro eleitorado… E nesta dimensão dá para entender como funciona a cabeça, comprometimento e foco de cada uma. Poléxia e Sabonetes passaram boa parte do tempo com novos amigos da estrada. Bandas, produtores e fãs que conheceram pelas andanças e agora os reencontravam. Koti, o Lendário Chucrobillyman, passou quase toda a viagem quieto (“mas eu sou quieto mesmo”), e estava mais ou menos neste clima… pra lá e pra cá. Os Copacabanas gozavam a sensação de dever cumprido e conversavam com fãs, tiravam fotos e davam autógrafos (sério). Alessandro até resolveu botar para fora sua “simpatia” e começou a interagir com os shows e músicos. Mais do que em sua própria apresentação. Subiu ao palco durante o show da carioca Do Amor. Dançou e rascunhou um mosh que terminou meio mal. E não seria a única vez que ele faria isso…

Tudo acontecia enquanto o ruído/mm sofria pela angústia da espera (eram cotados para tocar às 11h da noite, mas foram transferidos para as 2h da manhã) e passavam por um estágio de início de “ressaca”, misturada com ansiedade e mais cerveja. Assim eles subiram ao palco…


O show da ruído foi bom e ruim ao mesmo tempo. Estranho, para ser mais sincero… Quem conhece a banda no palco se perdeu um pouco junto com eles (meu caso). Quem não conhecia o som entrou no clima e se divertiu. Então, dá para dizer que eles saíram no lucro. Não existe mistério – som instrumental com surpresas distorcidas, mescladas com sutileza e momentos de devaneio. Daí para diante é contigo. O silêncio e a afinação do som eram tamanhos que dava para ouvir o cooler do computador do palco vazando nas caixas, como observou Rodrigo Lemos. “É o clima ‘praia’ da história”, comentou, todo engraçadão. Ali, estava o paredão de quatro guitarras (Pill, Rafa, Ramiro e Johnny), o baixo de Rubens, a batida precisa, firme e na medida das baquetas de Giva, e o teclado sem som algum nos fundos, comandados por Liblik, que infelizmente não teve solução.

De repente, eles saem do protocolo “ruidoso” da banda e começam a…. improvisar. Ou algo do tipo. Logo, Camilinha e Alessandro (novamente ele) subiam ao palco para participar da pajelança noise. Camilinha com uma meia-lua e Alessandro emitindo sons no microfone. Deu certo e talvez tenha sido um dos momentos mais legais do show. Isso só reforçava meu orgulho de estar lá testemunhando essa zona toda, e aumentando mais ainda minhas questões internas.

A apresentação terminou com menos público que o inicial… O som da banda não é dos mais fáceis, mas a chuva e o frio contribuíram bastante com o resultado final. Quem ficou gostou. E foi neste clima que aconteceu um dos principais fatos da noite. Só podia vir dele, o Lendário Chucrobillyman.

Não demorou muito para Koti se ajeitar lá em cima. O esquema bumbo, prato, corneta, megafone, guitarra e microfone é bem prático e sacado. Ele não precisa de mais nada. Pouco se entende das letras ou comentários do Chucrobillyman no palco, o megafone tem o poder de distorcer tudo. Mas a guitarra fala por si. Simples, direta e rasgada. O rock tocado por ele transcende qualquer rótulo. Quem gosta de música vai curtir seu som sem rodeios. Simples mesmo. Assim que começou o show, ele já reunia uns poucos corajosos que gritavam na chuva. Primeiro, estourou uma corda. Pausa. Na música seguinte, o PA ia para o saco.  Outra pausa. E todos permaneciam ali…

Aí, baixou o santo. 27 horas depois que tudo começou, de uma noite na estrada mal-dormida, pneu furado, chapações, salgados e refeições frias de postos de gasolina, calor, a eterna espera da chegada, frio, cagadas em banheiros nojentos, banhos de calha, sono, picadas de inseto, enjôos, corpo dolorido pelo aperto do ônibus, roupas molhadas pela chuva, dores de cabeça e tudo mais que você pode imaginar em uma situação dessas (que realmente gera sentimentos e sensações inesperadas), depois disso tudo, aconteceu um momento… mágico.

…”mágico” não, foi foda mesmo… 

Antes de retomar o show, O Lendário Chucrobillyman disse no microfone “todo mundo sobe aí no palco”. De repente, o lugar era tomado por umas 40 pessoas que dançavam ao redor dele. O verdadeiro sentimento de um festival de rock surgia ali, pela primeira vez, às 4h da manhã. Justamente quando a barreira vertical hierárquica entre artista e público foi quebrada. Todos estavam juntos e curtindo da mesma maneira. Pulavam, dançavam, gritavam e cambaleavam cada um do seu jeito. O pequeno e quieto Koti foi cercado por esse bando de loucos e parecia se sentir em casa, enquanto tropeçavam em seus pedais ou esbarravam nos amplificadores. Não existia mais chuva, frio ou cansaço… Só  a música. Todos tinham certeza que, naquele momento, ali era o melhor lugar para estar em todo o país… Se não sabiam disso, aproveitavam como se fosse a única oportunidade. Lavou nossa alma e durou umas três músicas… Até a hora que o Atílio, da organização, parou tudo e lembrou que não era nem um pouco seguro aquele monte de gente estar pulando e se quebrando no palco. Momento de sanidade. Poderia acontecer uma tragédia…. E tudo terminou. Inclusive o show.


Era isso. Valeu a pena. Justamente por este sentimento. Esse estouro de adrenalina sonora acumulada desde a hora que entramos no ônibus e que só aumentou com o decorrer das apresentações… Gritar! A liberação de uma energia que você tinha esquecido que existia. Os limites do seu corpo indo para a unha do dedão… Por isso estávamos ali… E essa descarga toda era um dos fatores que poderia complicar a vida do Poléxia, que se apresentaria logo em seguida… Poderia…

O quarteto formado por Rodrigo, Eduardo, Francis e Neto arrumou tranqüilamente seu equipamento. A maioria do público já tinha debandado e não presenciou a elegância que o Poléxia esbanjou no palco. “Vamos agora começar nossa apresentação… após o lendário show d’O Lendário Chucrobillyman”, brincou Rodrigo logo de cara. Começou a quebrar o gelo aí. Eles baixaram o ritmo da madrugada com a maior classe, como se acompanhassem os suspiros e cansaço de todos presentes, uma pré-canção de ninar. Nem por isso foram parados ou enfadonhos, muito pelo contrário. Já vinham de uma apresentação “estranha” na noite anterior (segundo eles), e só tocaram quatro músicas. Uma adaptação de “Rational Culture”, do Tim Maia, e finalizaram com a execução de seu novo single, a faixa “Você Já Teve Mais Cabelo”. Uma amostra desta nova fase do Poléxia e de mais testes dentro dos possíveis limites criados pela banda. Subiram, acalmaram nossos ânimos e se foram. Nos deixaram no ponto para embarcar no microônibus e voltar para casa. Os shows não pararam… Tocariam mais umas três bandas (com Apanhador Só entre elas), mas o corpo clamava por nossa volta para casa…


O retorno foi mais rápido. Todo retorno é assim. 

Sem pneus furados ou grandes surpresas. Só conversas e diferentes impressões jogadas ao vento que entrava pela janela. A preguiça típica de um domingo qualquer presente conosco. E a trip foi chegando ao seu final, recebida por uma chuva torrencial em Curitiba às 19h. Quase 44 horas depois que tudo começou. Ficam as impressões… para Sabonetes, Poléxia e Chucrobillyman foi mais uma gig em outra cidade… Ruidosos e Copas podem encarar como um reforço nesta nova vida da estrada que se abre para eles… E o Subtropicália já esta mudando…

Quando chegamos, Curitiba era a mesma.

“você já teve mais cabelo”

12 nov

Então… o Poléxia divulgou o clipe da faixa “Você já teve mais cabelo”, com direção de João Marcelo Gomes e que estará no próximo disco da banda, o “A Força do Hábito”, que tem lançamento marcado para o ano que vem. Essa é a famosa composição produzida pelo John Ulhoa (Pato Fu) e é bem bacana. Diferente dos trabalhos anteriores da banda, novos caminhos, mas tão interessantes quanto. Ainda bem.

Quem cantou a bola foi o Túlio, no Aires Buenos